Imagem: Women's International Terrorist Conspiracy from Hell - W.I.T.C.H O artigo de Kristian Aune publicado em 29 de março de 2011 no "guardian.co.uk" é no mínimo provocador, pelo menos a primeira vista. O título: Por que as feministas são menos religiosas? Dentro de um contexto pagão do qual estamos acostumados a discutir e debater pode parecer quase que como uma afronta ao príncipio da feminilidade que, ao longo da construção do paganismo moderno tornou-se tonou-se quase que como o próprio princípio básico do movimento. Pelo menos dentro de uma tendência mais diânica, cuja as raízes mais radicais podem ser recuadas até as adeptas da tradição "reclaiming", a noção de espiritualidade feminina representada na figura da Deusa (ou seus arquétipos, como preferem muitos wiccanos de tendência diânica) é quase que uma unânimidade dentro da religiosidade wiccana. Claro que num primeiro momento chama a atenção o título do artigo por pressupor uma falta de religiosi...
Ontem assisti ao filme Caça as bruxas, pensei em não escrever nada sobre o filme, (não sou critico, nem um fanático por cinema) mas andei lendo algumas críticas sobre ele e resolvi dar minha opinião. A maioria dessas críticas são relativas a imagem negativa que se tem da bruxaria, outra dessas críticas é relacionada a produção estética do filme, jogo de luz, fotografia, etc. Sinceramente não presto muito atenção em detalhes tão minuciosos como “jogos de luz”, ou coisa do tipo, então não posso opinar sobre esses assuntos. Fui ver ao filme com a intenção de ver se existia uma imagem distorcida da bruxaria, como andei lendo. Vamos aos pontos. Primeiro, o filme começa mostrando uma aldeia em 1235 d.C, entre 1227 e 1235 foi estabelecida a Inquisição papal. Nesta época a mínima suspeita já era prova suficiente para se executar o suspeito. Aliás, “os bispos foram encorajados a ampliarem suas próprias inquisições” (Russel e Alexander 2007, 76), deve ser por isso que a primeira cena do fi...
Janluis Duarte em uma dissertação sobre a formação da wicca nos anos iniciais buscou uma interpretação que levasse em conta os aspectos de invenção das tradições colocados por Hobsbawn, a primeira vista é tentador inserir a wicca nesse quadro metodológico, mas torna-se um exercício que beira o efêmero na medida em que o livro de Hobsbawn da destaque muito mais a símbolos nacionais e políticos do que a questões religiosas. Portanto entendemos que explicar a wicca somente por seus símbolos e elementos é apenas uma parte de um todo que compõe sua formação, sendo assim acreditamos que a noção de invenção das tradições cabe muito bem no estudo do paganismo moderno de viés romântico característico da Europa do século XIX onde a noção de paganismo estava muito mais ligada a valores estéticos, morais e políticos do que religioso, mas parando-se por aí. Janluis ao contrário continuou sua análise levando-se em conta a invenção das tradições na análise da formação da wicca, ou seja continuou util...
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