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Mostrando postagens de dezembro 8, 2010

Entre a cruz e o Estado - Qual o lugar da religião?

        Qual o lugar da religião no mundo de hoje? Começar este artigo com uma pergunta logo de início não significa que pretendemos com esta fechar uma discussão, mas sim dar continuidade a um debate que parece não ter um consenso dentro de nosso campo. Não significa também que não temos uma opinião sobre o assunto, pois lançar uma questão logo no início e privar o leitor de uma resposta nos parece uma postura um tanto quanto relativista e inútil. Pensar em espaço e religião, pode parecer aos menos atentos, óbvio, na medida em que se entenda a religião apenas em seu espaço de “funcionamento”, ou seja, os templos, as igrejas, etc. Mas é claro que a religião há muito tempo já rompeu esses limites. Acreditamos que a própria institucionalização de determinadas religiões nunca foi obstáculo para que houvesse uma re-significação dos aspectos religiosos, exemplo disso é o catolicismo popular que se desenvolveu no Brasil, desde sua formação. Mas levando-se em conta ainda seu aspecto instituci

Os textos pagãos - The paganism Reader.

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Esta postagem deveria estar na parte de resenhas, mas como vou dedicar muito tempo a este livro, terei que fazer uma página a mais só para seus textos. Trata-se do livro editado por Chas. S Clifton e Graham Harvey, ambos dispensam comentários, vale dizer que são dois dos maiores pesquisadores da atualidade sobre o tema. Neste livro de 2004, os autroes selecionaram os textos que influenciaram o neo paganismo moderno, tanto bruxaria, druidismo, e outras formas de religiosidades reconstrucionistas. Os autores fizeram uma divisão interessante, classificaram os textos dentro de três linhas: Parte 1 - textos clássicos; Parte 2 - textos proto-renascimento; Parte 3 - textos diversificados do renascimento neo pagão. Estes textos são textos de Margaret Murray, Charles Leland, Gardner, Marion Zimer Bradley, Chas. S Clifton, Starhawk, Robert Graves, Aleister Crowley, Tony Kelly, etc. Enfim, "The paganism Reader" reúne os escritos clássicos. Destaque para o famoso verbete "witchcraft