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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Hermetismo na Universidade

Na Universidade de Lausanne, Silvia Mancini ensina as "formas religiosas marginais e transversais". Entre elas estão a advinhação, o ocultismo e a magia. A antropóloga se interessa pelas práticas arraigadas há muito tempo na cultura ocidental, práticas bem distintas da superstição mas também da moda um pouco aproximativa do "New Age". «O conceito de religião é uma criação ocidental. Nenhuma outra língua utiliza esse termo como nós. Isso só ocorre nas línguas derivadas da tradição greco-latina", declara a antropóloga. Comparar a história das religiões levou-a a concluir que a religião com R maiúsculo não existe mas sim diversas formas, específicas de cada cultura. No entanto, elas têm um ponto comum que é tentar dar uma resposta ao sentimento de precariedade da humanidade. Silvia Mancini é agnóstica e estuda os fenômenos mágicos e paranormais com rigor científico de historiadora e a paixão laica de uma intelectual de esquerda curiosa da natureza hum

XII Simpósio da ABHR, 2011

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O XII Simpósio da Associação Brasileira de História das Religiões será realizado nos dias 31 de maio a 03 de junho de 2011 na Universidade Federal de Juiz de Fora - MG, organizado pelo programa de pós-graduação em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora. Esse simpósio pretende reunir pesquisadores(as), docentes, discentes e aqueles cujo tema de interesse seja a pesquisa e a reflexão sobre religião. A proposta é promover um fórum de reflexão e discussão que destaque interdisciplinarmente as interfaces entre as produções acadêmicas e os saberes religiosos no Brasil e em outras localidades. Para mais informações acesse o site do evento em  http://www.simposios.abhr.nom.br/

Debate sobre magia? religiões afro-brasileiras X evangélicos

Que a tv aberta é campo a ser garimpado, onde se encontra mais impurezas do que jóias todo mundo ta cansado de saber. Ontem, um programa de auditório da rede tv,o "superpop", levou a sua arena sensacionalista três evangélicos e três umbandistas. As questões eram em torno da magia, eles respondiam coisas do tipo: Magia existe? é do bem? Quem pensou em ver um debate realmente sério sobre a questão e decepcionou. O debate descambou para troca de farpas entre religiões afro e evangélicos. Um dos pastores que compunha a ala evangélica era uma daquelas pessoas ex-alguma coisa, mais especificamente um ex-satanista, pelo menos ele se dizia assim, e definiu a magia como sendo algo relacionado a sensibilidade, uma coisa bizarra que não deu muito para entender, tentou exemplificar dizendo que a magia só funciona para o bem de alguém se levar outra pessoa a ruína, ou por saúde, ou financeiramente. Disse que para alguém se curar outro tem que adoecer, essa é a Lei do Vodu, segundo ele. Ou

A oportunidade católica

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Algumas pessoas que se convertem a uma nova religião ou voltam a praticar uma que abandonaram geralmente manifestam atitudes muito parecidas com aquelas de ex-fumantes. Não basta negar o cigarro tem que esculachar o outro que ainda fuma. Elizabeth Dodd parece ser uma dessas pessoas, ex-wiccana convertida ao catolicismo, ela faz questão hoje de lutar dentro de uma concepção teológica e sociológica contra as práticas mágicas do moderno neo paganismo, mas por outro lado quer buscar uma espiritualidade dentro do catolicismo que segundo ela é o que falta. Ressalta também o velho discurso de cautela ao lidar com o ocultismo, cautela esta não referente a manipulação mágica como creêm os neo pagãos, mas numa perspectiva satanica. Vale lembrar que para a Igreja Católica, ocultismo é sinônimo de Diabo. O exorcista Antonio Fortea em seu livro recém lançado de 2010,  "Summa Daemoniaca" , um tratado de exorcismo e demonologia reafirma a associação entre Satã e o ocultismo. Em sua questão

Jamopoty - Tupinambás

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Apesar de todo o revisionismo histórico a História do Brasil ainda continuar a ser de massacre contra os indígenas, pelo menos é assim que pensamos quando lideranças como a cacique Jamopoty são simplesmente encarceradas por defender seu território. Nós Indígenas não somos invasores de terras. Quando o Brasil foi invadido pelos Portugueses, aqui nós já existiamos. Nossos ancestrais já habitavam este território chamado Brasil.

The Wicker Tree

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37 anos depois de "The Wicker Man" o diretor Robin Hardy vem com "The Wicker Tree"(2010). Christopher Lee também volta no filme. Vamos ver quando chega aqui. Lembrando que esse filme é do diretor Robin Hardy e não do diretor Neil LaBute do fiasco "O sacrifício" (2006). O filme "The Wikcker Tree" se chamava inicialmente "Cowboys for Christ" devido ao seu enredo.   "Sinopse: Uma cantora gospel e seu namorado cowboy, deixam o Texas para  pregar de porta em porta, na Escócia. Após serem inicialmente rejeitados, eles são recebidos com alegria e entusiasmo por Tressock,  a fronteira do feudo do Sr. Lachlan Morrison, que abriga seus hospedeiros simplesmente para conhecer mais sobre Jesus. Quão inocentes e errados eles estão". Fonte da sinopse: http://prsteyer.blogspot.com/2010/09/filme-wicker-tree-2010.html Site do filme: http://thewickertreemovie.com/webroot/v2/wp-content/themes/sandbox/trailer.php

Desrespeito

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Sinceramente tenho minha opinião sobre a História de perseguição contra a bruxaria e o paganismo de maneira geral evocado pela bruxaria moderna, defendo hoje um revisionismo histórico (apesar de muitos torcerem o nariz para  isso) que valorize os símbolos e histórias da qual surgiu o movimento neo pagão moderno. Concordo com Baker ao dizer que religiosidades neo pagãs como a Wicca não necessitam criar um passado ficcional no sentido de demonstrar conexões de continuidade no que ele chama de linha partidária,  ou seja genealogias históricas, “mas sim buscar legitimidade e aceitação social através de seus próprios méritos" (BAKER, 187, p.1996). E na minha opinião religião que não se faz  presente morre. Acredito que a grande maioria dos pagãos modernos também trilham esse caminho de se fazer presente na sociedade, tanto discutindo questões relevantes a uma coletividade, em prol não só de sua religião mas de toda a sociedade quanto dando valor a sua história e principalmente discutin

Pode-se estudar Religião sem ser religioso?

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Rudolf Otto um dos expoentes do estudo religioso escreveu um livro chamado " O sagrado " ( Das Heilige) em 1917, que descrevia o que seria conhecido como "numinoso", aquele "algo a mais" que todos os homens religiosos teriam. Para ele era impossível estudar religião sem experimentá-la. Vale transcrever aqui o trecho de Otto sobre essa questão. Convidamos o leitor a fixar sua atenção num momento em que experimentou uma emoção religiosa profunda, e na medida do possível, exclusivamente religiosa. Se não for capaz ou se até não conhece tais momentos, pedimos-lhe que termine aqui a sua leitura (2005, 17 ). Essa passagem ficou famosa pela exclusão de uma análise empírica que leva-se em consideração deixar de lado qualquer pressuposto religioso. O objeto da Religião seria restrito ao homem de fé, por conseguinte, apenas os homens de fé, ou aqueles que já experimentaram o "algo a mais" poderiam compreender de fato o objeto religioso. Antes de mais nada

Paganismo e Música

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Lendo sobre o documentário  de 2009 "pagan metal" resolvi escrever esse post depois de assisti-lo inspirado pela crítica de Chas Clifton em seu blog. Dentro da música "metal" existem intermináveis variações, definidas tanto por harmonias, quanto combinações de instrumentos, técnicas, velocidade, dentre outros elementos. Um dos gêneros que ultimamente vem ganhando força no cenário Europeu é o "pagan metal", segundo alguns críticos de música, ganhando até mais espaço que seu predecessor similar ao genêro,o Black metal (similar em termos de conteúdo e não harmonia, apesar de algumas bandas terem certa similaridade). Na verdade a variação deste novo genêro está na utilização de instrumentos ditos "folk" como tambores, flautas, bandolins, etc. Algumas críticas descrevem o "pagan metal" como um autêntico resgate da musicalidade mais ancestral, e primitva, acredito que esta é a proposta do documentário, mas para outros, é difícil enxergar alg