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Mostrando postagens de 2014

Inglaterra

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Recentemente em minha viagem pelo Sul da Inglaterra, tive a oportunidade de conhecer alguns lugares menos, digamos assim atrativos turisticamente, mas muito significativos dentro do imaginário da bruxaria inglesa. Tive o prazer de percorrer alguns lugares na região de Essex, emblemática pela sua relação com a bruxaria. Ali foi um dos lugares percorridos por Mathew Hopkins (the witchfinder) na caça às bruxas compreendida entre 1645 e 1647 onde foram enforcadas 112 pessoas. Hopkins deve ter se utilizado das histórias e lendas do local para reforçar a crença no poder do diabo entre os camponeses. É em Essex também que ouve-se falar de um famoso bruxo de Canedown George Pickingill, que viveu no século XIX e início do XX e que muito acreditam ter sido líder de nove covens. Um destes covens teria sido o New Forest Coven que Gardner dizia ter sido iniciado. Já que eu estava em Bournemouth, pertinho de onde Gardner chegou a morar, fui visitar New Forest e obviamente Christchurch a cidade v

Gerald Gardner no Brasil?

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A História da Wicca no Brasil, ironicamente, poderia ter começado bem antes do que qualquer um pudesse imaginar já na década de 50 com a visita do próprio Gardner em pessoa! Porém a viagem que não aconteceu, só ficou registrada como intenção em uma carta a seu sócio no Museu da Magia e Bruxaria, Cecil Williamson. Gardner, como sabemos, era um folclorista e antropólogo amador membro da FolkLore Society . Em 1953 esta instituição recebeu uma carta da UNESCO solicitando a nomeação de possíveis representantes para um encontro sobre Folclore que se realizaria em São Paulo no mês de Setembro de 1954 * . Gardner mostrou-se interessado e até mesmo disposto a arcar com os custos e despesas da viagem ao Brasil. Em um dos trechos da carta ele descreve que seu português estava um pouco enferrujado, mas que poderia entender alguma coisa, porém como não estava bem informado dos assuntos que seriam tratados na conferência desistiu. Se outra pessoa veio, ou se a FolkLore não enviou ninguém em seu no

Philip Heselton e Ashley Mortimer

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Entrevista com o Professor Graham Harvey

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HISTORY AND CONNECTION WITH SPIRITUAL PRACTICE Série de entrevistas com o Prof. Graham Harvey da Open University (UK). Harvey é um estudioso das tradições indígenas, do animismo, do xamanismo e principalmente do Paganismo Contemporâneo. Trabalha através de uma abordagem fenomenológica da religião sendo autor e co-autor de diversas obras, entre elas a mais famosa dentro de seus estudos sobre o Paganismo Contemporâneo, o clássico Listening People Speaking Earth: Contemporary Paganism (1997). http://www.grahamharvey.org/ http://www.open.ac.uk/people/gh2744 Todos os vídeos:  https://www.youtube.com/playlist?list=PL77311891373E297B

Witchcraft and Magic

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Early Modern England: Politics, Religion, and Society under the Tudors and Stuarts (HIST 251) Prof.  Wrightson 00:00 - Chapter 1. Magic 08:56 - Chapter 2. Differences between Witchcraft in England and in Europe 19:26 - Chapter 3. Trials in England 35:05 - Chapter 4. Witchraft Statutes in Essex Complete course materials are available at the Open Yale Courses website: http://open.yale.edu/courses

Impressões de um debate

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Sabemos que nas Ciências Humanas e sociais, a definição e a constituição de um campo de estudos, bem como todos os elementos que nele estão presentes, metodologia, instrumentos de análise, linhas de pesquisa, etc, só se desenvolve efetivamente na medida em que busca dialogar com seus críticos e principalmente reconhecer suas fraquezas. As contribuições que um novo campo de estudos traz, obviamente, são anunciadas aos quatro ventos, porém as fraquezas e limitações do mesmo, são, muitas vezes, deixadas de lado e jogadas para baixo do tapete. Partindo dessa premissa, este post não é nada mais que uma impressão pessoal da discussão em torno dos apontamentos feitos pelo pesquisador da Religião dinamarquês Markus Altena Davidsen em relação ao que ele descreveu como “erros que estão na ordem do dia” no campo de estudos do Pagan Studies . Nesse caso, Davidsen é literalmente o cara que, pretensamente, levanta o tapete e mostra o que estava escondido por baixo. Seu artigo What’s wrong with

A Day for Patricia Crowther

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