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Mostrando postagens de 2010

25 de dezembro: O nascimento do Invicto.

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 UM FELIZ DIA DE MITRA A TODOS

Andanças

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Entardecer em São Tomé das Letras, MG Pedra do Careca - Pico dos Marins, Piquete, Sul de Minas.

Divulgação - Exposição no MASP

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Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado 15 de outubro de 2010 a 16 de janeiro de 2011. Uma exposição interessante e bela, é só o que posso dizer, pois, como ainda não tive tempo de ir ver ao vivo não posso tecer comentários. Sagrado é um conceito meio difícil de ser trabalhado, mas quando se fala em arte com certeza é algo que parece definir o inexplicável e num contexto religioso transcender o real. O sentido religioso destas obras na minha opinião contribuem paras as tornarem especiais em dobro. Mesmo não indo (ainda) à exposição, eu conheço alguns quadros, já pude vê-los em  outras oportunidades, fazem parte do acervo do MASP. Na falta de uma opinião pessoal, segue o link com as informações mais detalhadas e a apresentação da curadoria. É claro que vale a pena ir ver a exposição pois as explicações são mais detalhadas e pelo que pude ler sobre esta, a tecnologia vai estar presente  em com as obras detalhadas em 3D. Vale a pena. A imagem do quadro aí do lado, que também é parte da e

Intolerância e complôs II

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Nessa semana muito se discutiu (e ainda vai ser discutido) sobre o polêmico "Novo Código Penal Brasileiro", se o texto será ou não aprovado Senado e pela Câmara. Quando se fala sobre códigos penais e leis referentes ao sistema carcerário sempre há debates acalorados, não só no Brasil Continuando na mesma linha da postagem anterior, essa semana vi um artigo (7 de dezembro de 2010) no stie "the Wild Hunt", assinada por Jason. Uma queixa com razão sobre o preconceito com adeptos do paganismo. Segundo o autor, o jornal britânico Daily Mail vem abordando (assim como outros jornais citados) o  paganismo de uma forma sensacionalista, sem muito respeito, por assim dizer com a crença destas pessoas. A reportagem do Daily Mail (publicada em 7 de dezembro de 2010), escrita por Jack Doyle, intitulada Pagan prisoners given time off to worship the Sun God (Prisioneiros pagãos terão tempo livre para cultuar o Deus Sol) traz uma descrição sumária das importantes datas do calendár

Intolerância e complôs.

Você já ouviu falar das chamadas "Cartas da Wicca"? Bom, a título de curiosidade vale a pena ler o verbete da encilopédia de satanismo escrita por James R. Lewis. É clara a influência da opinião pública americana intolerante. Lembrando que estas cartas são falsas. Segue o artigo: Estas cartas são para os modernos bruxos e satanistas o que os "Protocolos dos Sábios de Sião" são para o judaísmo. Em outras palavras, da mesma maneira que os "protocolos" faziam referência a um suposto complô para dominar o mundo, as "Cartas da Wicca" são apresentadas tendo em foco o mesmo objetivo, uma dominação mundial encabeçada pela Assembléia Internacional de coven de bruxas (grupo que não existe) formada  num encontro no México em 1981. Dizem alguns que uma cópia destas cartas foi interceptada pela polícia. O escritor Art Lyons disse ter descoberto a autoria das cartas. Nas cartas estão descritos sete itens: 1- trazer aos covens, Magia negra e branca unidno força

Wi (?) a - terminologias provocantes.

Os livros de bruxaria que se espalham pelas prateleiras das livrarias, trazem sempre a explicação clássica da palavra  Wicca de acordo com a pesquisa feita por Jeffrey B. Russel e (não se esqueçam tem muita gente esquecendo de citar seu comparsa, Brooks Alexander. Acontece que os autores de "História da Bruxaria" não estão analisando a origem da palavra Wicca, nem Wica e sim witch . A origem da palavra Wicca e sua relação com Gardner é muito bem resumida por Ronald Hutton, segundo este, foi na década de 50 que Gardner anunciou a existência de sua religião para o mundo, estabelecendo-a como um componente da espiritualidade moderna. Em 1954 seu livro “A bruxaria hoje” deu a esta religião o nome genérico de “Wica”, adaptado por volta da década de 60 para a sua forma mais duradoura e famosa “Wicca” A forma ortográfica da palavra de Gardner aparece somente no Chambers’s Dictionary of Scots-English, onde significa wise . Esse dicionário pode muito bem ter sido a inspiração de Gardn

Entre a cruz e o Estado - Qual o lugar da religião?

        Qual o lugar da religião no mundo de hoje? Começar este artigo com uma pergunta logo de início não significa que pretendemos com esta fechar uma discussão, mas sim dar continuidade a um debate que parece não ter um consenso dentro de nosso campo. Não significa também que não temos uma opinião sobre o assunto, pois lançar uma questão logo no início e privar o leitor de uma resposta nos parece uma postura um tanto quanto relativista e inútil. Pensar em espaço e religião, pode parecer aos menos atentos, óbvio, na medida em que se entenda a religião apenas em seu espaço de “funcionamento”, ou seja, os templos, as igrejas, etc. Mas é claro que a religião há muito tempo já rompeu esses limites. Acreditamos que a própria institucionalização de determinadas religiões nunca foi obstáculo para que houvesse uma re-significação dos aspectos religiosos, exemplo disso é o catolicismo popular que se desenvolveu no Brasil, desde sua formação. Mas levando-se em conta ainda seu aspecto instituci

Os textos pagãos - The paganism Reader.

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Esta postagem deveria estar na parte de resenhas, mas como vou dedicar muito tempo a este livro, terei que fazer uma página a mais só para seus textos. Trata-se do livro editado por Chas. S Clifton e Graham Harvey, ambos dispensam comentários, vale dizer que são dois dos maiores pesquisadores da atualidade sobre o tema. Neste livro de 2004, os autroes selecionaram os textos que influenciaram o neo paganismo moderno, tanto bruxaria, druidismo, e outras formas de religiosidades reconstrucionistas. Os autores fizeram uma divisão interessante, classificaram os textos dentro de três linhas: Parte 1 - textos clássicos; Parte 2 - textos proto-renascimento; Parte 3 - textos diversificados do renascimento neo pagão. Estes textos são textos de Margaret Murray, Charles Leland, Gardner, Marion Zimer Bradley, Chas. S Clifton, Starhawk, Robert Graves, Aleister Crowley, Tony Kelly, etc. Enfim, "The paganism Reader" reúne os escritos clássicos. Destaque para o famoso verbete "witchcraft

Debate sobre Feitiçaria

Demorou um pouco mais encontrei. Este vídeo é uma compilação (feita por Regina Gonçalves) de momentos do debate sobre feitiçaria que faz parte de um dossiê de reportagem da Revista de História da Biblioteca Nacional, do qual já foi comentado neste blog. Este vídeo eu peguei no site da revista.

Clássico reeditado

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A Companhia das Letras vem reeditando títulos clássicos em versão de bolso. Alguns desses , são livros que há um bom tempo estavam fora de catálogo. Um exemplo é o excelente "História do medo no Ocidente" de Jean Delumeau. Agora a editora lança mais um de Carlo Ginzburg, depois do clássico "O queijo e os vermes" é a vez de "Os andarilhos do bem". Eu particularmente gosto muito desse livro, principalmente pela discussão historiográfica sobre cultos de fertilidade e bruxaria logo no prefácio. A leitura é mais fácil do que o também excelente "História Noturna" que refere-se especificamente aos elementos do sabá. os andarilhos do bem são na realidade quase que uma extensão do trabalho iniciado em "O queijo e os vermes". Parabéns a Companhia das Letras pela reedição. Agora sinceramente ta faltando lançar de novo "Religião e Declínio da Magia" de Keith Thomas. Ah, a capa do livro ficou bem ilustrativa, a batalha de um campones com u

Divulgação - Curso de extensão (COGEAE) na área de Ciência da Religião

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Título: "Os Deuses demandam, o Homem responde: as posturas das religiões  diante de problemas vitais"  Nas sociedades contemporâneas a religião não perdeu sua  relevância, ela continua desempenhando papel fundamental para  compreensão das relações e organizações constitutivas destas sociedades.  O curso pretende discutir o atual impacto da religião em diversas  esferas da vida humana e diferentes culturas. A reflexão orienta-se nos  insights da Ciência da Religião, portanto em uma matéria acadêmica  multidisciplinar (História das Religiões, Psicologia da Religião,  Sociologia da Religião etc.) especializada na comparação entre as  religiões. CORPO DOCENTE  Prof. Dr. Frank Usarski Prof. Dr. Eulálio Avelino Pereira Figueira O curso abordará os seguintes temas organizados em quatro blocos. Bloco 1) A importância da religião nos níveis individual e interpessoal Religião e destino humano; O impacto da religião sobre a biografia humana; Religião, corpo e saúde; Religião e sexual

O que é o esoterismo? (parte 2)

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Continuando o último post sobre o  termo "esoterismo" e os elementos relacionados a ele, seguirei as observações de Stuckrad descritas em seu livro "História da Astrologia, Da Antiguidade aos nossos Dias" (Ed. Globo, 2007). Stuckrad chama a atenção que esta é uma definição prática do termo. Antoine Faivre descreveu seis características básicas do pensamento esotérico na sistemática científica, lembremos que por mais que seja difícil e um tanto trabalhoso, a ciência é feita de definições e conceitos, não temos como trabalhar sem essa ferramenta.  Esoterismo então envolve os seguintes elementos: (1) Essencial para qualquer disciplina esotérica é um "pensar em correspondências". Pressupõe-se, com isso, que os diversos níveis ou "classes" da realidade (plantas, seres humanos, planetas, minerais, etc.), ou seja, as partes visíveis e invisíveis do universo, estejam ligadas entre si por um elo de correspondências. Essa ligação não deve ser entendida c

O que é o esoterismo? (parte 1)

Essa é uma pergunta que sempre gera um certo desconforto, como se fosse aquela sobre o tempo para Santo Agostinho, eu sei o que é mas não sei explicar. No campo das Ciências da Religião frequentemente nos é cobrado a elucidação e especificação de conceitos. Claro, só o nome de nosso campo de atuação já descreve a problemática (bela problemática diga-se de passagem) "Ciências" da "Religião", ou seja, nos é cobrado definir o que é Religião, e essa é uma resposta que não encontra consenso, do mesmo modo que a palavra " Filosofia" ou "História". Vale dizer que não me refiro a etimologia, mas ao seu aspecto de um saber. Como escreve o professor medievalista Ricardo Costa, se perguntar a dez historiadores o que é História terá dez respostas diferentes, se perguntar a dez filósofos o que é Filosofia, você terá dez respostas diferentes. Assim é a Religião,  e assim é a palavra "esoterismo". Quem está acostumado a ler os livros sobre a história

A arte da fotografia encontra o paganismo

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O jornal"Folha de São Paulo" de 28 de outubro de 2010 traz uma matéria interessante em seu caderno  "folha ilustrada", tarata-se das belas fotografias tiradas pelo mineiro Gui Mohallem no Tenesse num festival de Beltane que acontece por lá. Bom como não entendo nada de arte não vou me intrometer a falar do trabalho do artista. Mas sugiro que visitem a página do " projeto incumbadora ", lá o artista coloca as imagens e comenta as fotos. Muito bom gosto mesmo. Cololquei apenas a foto que está aí, porque quem quiser veja lá no site, onde ha´um acervo dessas fotografias do festival. Segundo informa a folha: O santuário do Tenesse (onde Mohallen tirou as fotos) é apenas um dos vários mantidos pelo grupo Radical Faeries (fadas radicais). Para quem quiser ver as fotografias ao vivo (o que vale muito a pena) a folha informa que a exposição estará aberta do dia 28/10 à 28/11 de terça à domingo das 13h às 20h. na Galeria Olido (av. São João 473, São Paulo, SP). GRA

Druidas no Reino Unido. Reconhecimento contestado?

Essa semana li uma postagem do blog de Chas S. Clifton sobre o reconhecimento oficial da Druid Network como isntituição de caridade. A saber, esse reconhecimento é algo muito importate, quase que como um passo à um reconhecimento religioso oficial. O fato não passou sem criticas. O Daily Mail de 4 de outubro de 2010 trazia na coluna assinada por Melanie Phillips o seguinte tema: "Druidas como uma religião oficial? Louvar as pedras, aqui vamos nós". Bem irônico o tom do título. Um pouco parecido diga-se de passagem com outro artigo que saiu num jornal aqui no Brasil que também ironizava as novas religiões, prinicpalmente as de vertentes neopagãs. O artigo de Melanie está na seção " reportagens e mídias " deste blog. A opinião da jornalista provocou reações, uma petição online que será brevemente entregue ao jornal. Na outra semana alugns pagãos se reuniram para protestar em frente à sede do jornal. Tomei a liberdade de citar o mesmo trecho da coluna destacado por Cli

Definições - Feitiçaria e bruxaria

"O imaginário da Magia" (Companhia das Letras, 2004), de Francisco Bethencourt, que descreve as práticas de feitiçaria e advinhação em Portugal no século XVI é um daqueles livros que nos aproximam de uma leitura sociológica interessante, não só nos aproxima da bruxaria pelo viés histórico como também antropológicamente. Apoiadomuitas vezes num discurso durkheiniano, Bethencourt nos mostra vários aspectos das práticas daquele período. O livro é recheado de boas imagens e gráficos que ilustram muito bem as conclusões e argumentos do autor. O que  me  chamou a atenção na obra, fora a própria leitura do autor, foi principalmente o apanhado que ele faz das diferenciações entre feitiçaria e magia, também a questão dos trabalhos e feitiços com elementos, ar, água, terra, fogo, como símbolos mágicos, não só dentro do universo erudito da magia, mas também na esfera popular. Sobre isso ainda, Bethencourt mostra as diferenciações existentes entre magia popular e magia erudita. É um dos

Capa de jornal / Agosto de 2010 JT cidade

"Agressor de livraria agora culpa pagãos" Ver seção Reportagens e Mídias

Uma antiga resenha

Fuçando na sessão de periódicos da CAPES acabei encontrado uma resenha de 1924  do livro The Witch cult in Western Europe  feita por Robert E. Park famoso sociólogo norte americano autor de vasta obra e um dos fundadores da famosa Escola de Chicago. Traduzi o texto, mas quem quiser lê-lo no original eu envio por e-mail. Acho muito interessante essa resenha da época porque nos passa algumas impressões de como o assunto estava sendo abordado e pensado naqueles tempos.  The Witch Cult in Western Europe. By Margaret Alice Murray. Oxford, England: Clarendon Press, 1921. Pp.xviii+285. $5.65.      O assunto deste livro é a bruxaria como um culto. A autora faz uma clara distinção entre o que é chamado de bruxaria "operacional" ( ativa ) e "ritual"( cerimonial ). A bruxaria operacional inclui todos os encantamentos e feitiços, professadas por bruxas ou cristãos, para o bem ou para o mal, para matar ou curar. Isto seria parte da herança comum da raça humana. Mas a bruxaria