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Mostrando postagens de maio, 2010

Opiniões - James W. Baker.

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Um dos artigos mais interessantes que já li sobre a história da Wicca é o do historiador James W. Baker, " White Witches: Historic Fact and Romantic Fantasy" , que como já sugere o título fala sobre mitos e realidades na história da bruxaria moderna. A opinião de Baker é a de que a "Wicca é o que Eric Hobsbawm chama de uma invenção de tradição" (BAKER, p.187, 1996).  O  historiador conclui fazendo um apelo aos bruxos modernos dizendo que a "Wicca não necessita criar um passado ficcional no sentido de demonstrar conexões de continuidade no que ele chama de linha partidária,  ou seja genealogias históricas, mas sim buscar legitimidade e aceitação social através de seus próprios méritos" (BAKER, 187, p.1996).

Opiniões - Aidan Kelly

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“Eu continuo a acreditar que a história real do movimento da Arte oferece um dos melhores e mais bem documentados exemplos de como uma nova religião é criada, e, uma vez que todas as religiões começam como novas religiões, portanto, fornece insights sobre a natureza geral de todas as religiões. Acho que é muito gratificante ter provado a existência de uma história religiosa e objetiva na área onde, há trinta anos, a maioria dos estudiosos teria pensado que isso era impossível” (KELLY, 2007, p.32).

Eventos passados e futuros.

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No dia 25 de outubro de 2009 aconteceu em São Paulo o "Pagan Pride Day" (O dia do orgulho pagão). Evento interessante, onde tive oportunidade de fazer algumas fotos e entrevistas para minhas pesquisas. Aos poucos vou postando algumas coisas do material. Agradeço a todos aqueles que foram atenciosos e me autorizaram a filmar e fotografar. E a Claudiney Prieto pela entrevista sobre o "Pagan Pride Day" no Brasil. Algumas fotos estão disponibilizadas no slide abaixo.  E aproveitando que estamos falando de eventos, nesse mês de maio acontece um evento sobre paganismo e meio ambiente. Para mais detalhes clique no endereço do evento: http://www.pagaospelaterra.com.br

Esse já é um clássico sobre a inquisição e a atuação do Santo Ofício no Brasil

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Os estudos sobre Inqusição ganham cada vez mais espaço no Brasil, a produção tupiniquim não deixa nada a desejar quando o assunto é perseguição em terras tropicais. Ronaldo Vainfas, Laura de Mello e Souza, Bruno Feitler, Geraldo Pieroni, são apenas alguns dos muitos historiadores que se dedicam a capítulos dessa nossa história, recentemente foi lançado um livro importante sobre os estudos inquisitoriais no Brasil, A Inquisição em Xeque : Temas, Controvérsias, Estudos de caso . Além disso alguns clássicos estão sendo reeditados, por exemplo a grande obra da historiografia brasileira (e esse é um dos meus preferidos) O Daibo e a Terra de Santa Cruz. E agora foi reeditado em 2009 um livro clássico e um dos primeiros sobre o assunto, Inquisição: prisioneiros do Brasil: séculos XVI a XIX, de Anita Waingort Novinsky. O livro é uma lista de processo muito interessantes que compreendem os séculos cittados no título. Eu na verdade gosto muito dessa área de estudo. Quando começei a graduação em

Pagão: um termo de difícil definição

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Claro que não tenho a minima pretensão de encerrar um debate sobre o conceito do termo pagão num pequeno artigo, pelo contrário, acredito que a busca de um conceito para esse termo está longe de ter uma definição satisfatória num amplo consenso, essa é apenas mais uma explicação, sobre o termo, a definição não varia apenas de acordo com a ótica abordada mas também do período que a corresponde, por exemplo daqui a alguns anos pode ser que pagão se refira especificamente a um conjunto de crenças definidos, quem pode saber? Mas por enquanto lanço um resumo aqui do que entendo pelo termo através de algumas leituras. Por muito tempo vários autores (incluem-se aqui desde Michelet a Murray) afirmaram que o termo paganu, derivou-se da palavra "rústico", componês, morador do campo, sendo assim era utilizado dentro de um contexto de triunfo religioso, no caso aqui triunfo cristão, tendo o catolicismo como religião dominante, restrita principalmente às zonas metropolitanas, é a fé urban

Apontamentos sobre a História da wicca, interpretações sociológicas com base na Religião como escolha racional.

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Janluis Duarte em uma dissertação sobre a formação da wicca nos anos iniciais buscou uma interpretação que levasse em conta os aspectos de invenção das tradições colocados por Hobsbawn, a primeira vista é tentador inserir a wicca nesse quadro metodológico, mas torna-se um exercício que beira o efêmero na medida em que o livro de Hobsbawn da destaque muito mais a símbolos nacionais e políticos do que a questões religiosas. Portanto entendemos que explicar a wicca somente por seus símbolos e elementos é apenas uma parte de um todo que compõe sua formação, sendo assim acreditamos que a noção de invenção das tradições cabe muito bem no estudo do paganismo moderno de viés romântico característico da Europa do século XIX onde a noção de paganismo estava muito mais ligada a valores estéticos, morais e políticos do que religioso, mas parando-se por aí. Janluis ao contrário continuou sua análise levando-se em conta a invenção das tradições na análise da formação da wicca, ou seja continuou util

Bruxaria, Diabo e Cinema.

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Para quem estiver interessado este é o LINK para o arquivo de meu artigo sobre o filme Haxan (1921) de Benjamin Christensen. Neste artigo procurei fazer uma análise que leva-se em conta os aspectos da contrariedade e inversão no discurso e retórica presentes nos tratados demonológicos da Europa Moderna, tendo como base principal a obra de Stuart Clark, "Pensando com Demônios" (2007) que trata de forma substancial esses elementos de organização mental dos autores modernos. Claro que para uma melhor leitura e estudo não pude deixar de realizar recortes, mas preferi focar essa metodologia muito mais no meu objeto material (o filme) do que na minha análise histórica, que compreendeu muito mais a questão relativa aos arquétipos da bruxaria. Limitei-me então as cenas do sabá. Gostaria de deixar também minha impressão sobre a atuação de Benjamin Christensen como o Demonio, infelizemente não comentei (ou comentei brevemente) no artigo o grande ator, além de diretor que ele foi. No pa

Não deixe de conferir.

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Não deixe de conferir o evento. Se não puder ir ao Rio de Janeiro como eu, assista on line no dia 18 de maio (Terça-Feira) às 16 horas. É só CLICAR AQUI.

12 de setembro de 2010 um dia que vai entrar para a História

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Para aqueles que estão com as contas em dia e grana sobrando podem ir para a Inglaterra e conferir a Conferência "Um dia para Gerald Gardner". O Centre for Pagan Studies está organizando um daqueles eventos de peso que marcam história só com feras do assunto, Ronald Hutton, Philip Heselton (o mais famoso biógrafo de Gardner). Além de figuras famosas da wicca. Com certeza será um evento e tanto. Para mais informações CLIQUE AQUI .

6.CWED

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Para os interessados em Novos Movimentos Religiosos e bruxaria moderna este é um evento interessante e curioso.  A conferência de wicca acontecerá em São Paulo nos dias 11, 12 e 13 de junho de 2010. Oportunidade para conhecer um puco mais sobre novas expressões religiosas. link do evento

Um clássico que ainda vale a pena

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Ontem fui a uma livraria no bairro de Perdizes SP que distribui os livros do FCE (Fondo de Cultura Economica, uma editora Estatal do México) e para minha surpresa encontrei o livro ai do lado, "El Dios de Los Brujos", famoso livro de Murray, lançado após seu polêmico "O culto das Bruxas na Europa Ocidental". Tá certo, eu sei que o livro de Murray já ta a algum tempo traduzido em portugues aqui no Brasil pela Editora Gaia. Mas olha só como a diferença é interessante. O livro ai do lado me chamou a atenção por ser uma edição de 2004 que é parte de uma coleção comemorativa dos 70 anos da editoa mexicana. O livro vem com uma capa e sobre capa, num estilo bem caprichado, e o melhor de tudo o livro vem com interessantes ilustrações,  infeliz coincidencia com o livro de James George Frazer "La Rama dorada" que na edição mexiacana da mesma editora não tem uma ilustração, já a edição esgotada e antiga da LTC no Brasil vinha com capa dura e recheada de ilustrações.

Wicca Na RHBN maio de 2010.

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Sempre leio a RHBN (Revista de História da Biblioteca Nacional) na minha opinião a melhor revista de grande circulação que trata de História com seriedade. Sempre traz em suas edições artigos e entrevistas com historiadores nacionais de peso. Pois é, na edição de maio de 2010 (novinha) o dossiê da revista é sobre a feitiçaria, suas expressões no Brasil, os padres mandigueiros, as curas mágicas. Claro que me chamou a atenção primeiramente o artigo de Carlos Roberto Figueiredo Nogueira, historiador que é sem dúvida um dos expoentes da pesquisa sobre o tema. Sou um admirador de seus trabalhos. Os quatro primeiros artigos do Dossiê eu achei muito interessante, o problema é o quinto artigo intitulado "Bruxaria ontem e hoje" assinado por Vivi Fernandes Lima, infelizmente esse deixou a desejar (e muito). Não gosto muito de fazer criticas, mas é que pesquiso justamente a História da Wicca e de seu fundador Gerald Gardner. Bom vou pontuar alguns erros que me levaram a escrever esse