Esse já é um clássico sobre a inquisição e a atuação do Santo Ofício no Brasil

Os estudos sobre Inqusição ganham cada vez mais espaço no Brasil, a produção tupiniquim não deixa nada a desejar quando o assunto é perseguição em terras tropicais. Ronaldo Vainfas, Laura de Mello e Souza, Bruno Feitler, Geraldo Pieroni, são apenas alguns dos muitos historiadores que se dedicam a capítulos dessa nossa história, recentemente foi lançado um livro importante sobre os estudos inquisitoriais no Brasil, A Inquisição em Xeque: Temas, Controvérsias, Estudos de caso. Além disso alguns clássicos estão sendo reeditados, por exemplo a grande obra da historiografia brasileira (e esse é um dos meus preferidos) O Daibo e a Terra de Santa Cruz. E agora foi reeditado em 2009 um livro clássico e um dos primeiros sobre o assunto, Inquisição: prisioneiros do Brasil: séculos XVI a XIX, de Anita Waingort Novinsky. O livro é uma lista de processo muito interessantes que compreendem os séculos cittados no título. Eu na verdade gosto muito dessa área de estudo. Quando começei a graduação em História lembro que o primeiro livro que li para um trabalho foi a grande obra já citada de Laura de Mello e o pequeno porém interessantissimo O gosto do pecado, casamento e sexualidade nos manuais de confessores dos séculos XVI e XVII, de Angela Mendes de Almeida. Bom nem vou citar os novos lançamentos sobre o assunto já que são muitos, mas destaco o famoso Traição de Ronaldo Vainfas, que é praticamente um exercício primoroso de micro-história bem aos moldes de O queijo e os vermes do grande Carlo Ginzburg. Para quem quiser saber mais sobre o livro de Anita W. Novinsky CLIQUE AQUI  e entre no site da editora perspectiva.

Critica na Imprensa:
Está entre as funções dos historiadores revelar a trajetória de personagens colocados à margem da vida social e levantar conjuntos de documentos que possam se tornar referências para novos estudos. É com essa proposta que Anita Novinsky lança uma nova edição (a segunda), revista, deste Inquisição: Prisioneiros do Brasil – Séculos XVI a XIX. Na obra, que já se tornou clássica, ela lista e oferece pequenas biografias de centenas de prisioneiros que foram, do século 16 ao século 19, levados daqui para Portugal, onde seriam julgados pela Inquisição. Segundo escreve na apresentação do livro, seu o objetivo é ajudar a “descortinar outra história do Brasil, ainda oculta e em grande parte inexplorada”.
Fonte: O Estado de S.Paulo — 15/11/2009 por Francisco Quinteiro Pires

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