Pesquisando com fé

Continuando algumas discussões já abordadas aqui no blog sobre a questão dos pesquisadores nativos e a relação entre pesquisa academica e religião, este artgio de Silas Guerreiro é uma importante contribuição a questão de como andam as pesquisas no Brasil na área das Ciências da Religião e seus desdobramentos tendo como foco esta delicada relação entre o pesquisador e seu objeto. É importante deixar claro que ainda continuo insistindo nesse tipo de discussão aqui no blog, pois acredito que as Ciências da Religião no Brasil ainda caminha em direção a uma afirmação que a diferencie não só dentro de uma dimensão epsitemológica como profissional em relação a nichos de atuação profissional. Este tipo de discussão aqui no blog também está relacionado a afirmação do Pagan Studies como área de concentração de pesquisa. Uma boa fonte sobre as discussões relacionadas ao desenvolvimento desta área pouco explorada no Brasil é "Researching Paganisms". Bom, em relação ao artigo aqui apresentado, ele faz parte do volume número 1 da revista PLURA da ABHR, para outros artigos clique 
Objetividade e subjetividade no estudo das religiões: desafios do
trabalho de campo 
Uma grande parte dos pós-graduandos em ciências da religião no  Brasil são nativos.
Alguns, inclusive, são fiéis de diferentes denominações religiosas. Para eles, analisar os
dogmas de sua própria religião é um desafio. O texto analisa os problemas resultantes do
trabalho de campo na religião considerando os embates do contato entre o pesquisador e
o grupo avaliado. As ciências humanas foram se distanciando de uma perspectiva
objetiva e reconhecem agora o papel da subjetividade. Na nossa área específica, não só o
investigador tem suas próprias convicções religiosas, mas também o grupo estudado tem
sua própria opinião sobre a sua religião, sobre a religião do outro, e também sobre o que
eles acham que poderia ser a religião a ser seguida pelo cientista. Nossos nativos não são
ingênuos espectadores, nem são meras subjetividades; nem são meros sujeitos passivos,
destituídos de pensamento autônomo; nem são projeções de nossas próprias mentes (Resumo retirado do artigo original)
 

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