Textos clássicos

2- O hino à Mãe dos deuses e o hino à Lua (Hinos homéricos)




A Mãe dos Deuses.
 
A Mãe de todos os deuses e todos os homens 
canta, Musa harmoniosa, filha de Zeus grande,
a ela agradam o barulho dos crótalos e dos tambores com o som das flautas,
o utulo dos lobos e o rugido dos leões de olhos cintilantes,
as montanhas sonoras e os abrigos florestais.
Também tu assim te alegra e junto as deusas com o canto.

Hino à Lua (À Selene) 

 
Da eterna Lua de longas asas falai, Musas 
de doce voz, filhas de Zeus Cronida, conhecedoras do canto.
Da imortal cabeça, o brilho visivo no céu
espalha-se na terra, e muita ordem se levanta
desse brilho luzente; o ar sem luz resplandece
da sua coroa dourada, e seus raios reluzem,
sempre que a diva Lua, vespertina, do meio do mês,
tendo banhado seu belo corpo no Oceano, vestido suas vestes
resplendentes e subjulgado seus altivos potros brilhantes,
conduz com ímpeto seus cavalos de belas crinas.
Seu grande volume se enche e, estando cheia, 
seus clarões brilhantíssimos crescem no céu.
É feita sinal e índice para mortais.
Um dia o Cronida uiniu-se em amor na cama dela,
e fecundada deu à luz a virgem Pândia, 
que tem aparência distinta entre os imortais deuses.
Alegra-te, senhora, deusa de braços brancos, diva Lua,
benévola, de belos cabelos. Por ti começando, cantarei as glórias
dos homens semi-deuses, dos quais celebram as ações os aedos,
servos das Musas de bocas amáveis.

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